Me deram a opção de servir, e seu servi. " Ser forte para ser útil ", nada como poucas opções para forçar uma escolha imediata e sensata, além do medo ou insegurança.
Até ontem eu era mais um na multidão, uma voz abafada, um grito entalado. Alguns até diziam que eu era uma sombra resistindo à luz, e eu tenho que concordar. Não há de ter melhor definição, já que o mundo sempre luta  contra a ascensão de alguém, principalmente de uma mente pensante.
Hoje me vêem como um líder, uma ferida aberta na pele da cidade numa posição em que o atrito do movimento aumenta cada vez mais o perigo de infecção e eles sabem que eu sou infectar. Vou me fundir, vou gritar, crescer, cair, levantar, gritar de novo, lutar. Hei de ser aquele que vai parar o mundo, se assim julgar necessário e para isso carrego em mim todas as cicatrizes de uma súbita subida íngreme: trago as costas doloridas, a visão cansada, a garganta rouca e o peito nu, aberto. Trago a fênix, um elmo dourado adornado de jóias e duas espadas cruzadas, junto levo uma capa as cores do sangue, da dor e da paz e um amarelo discreto pedindo pelo nosso ouro, que vai desde o que o investimos de capital até os valores que jamais hai de se perder, não enquanto eu estiver vivo aqui ou em qualquer outro mundo.
Sede, sede seca a minha ignorância e anula meu egoísmo. Se não lutar por um bem comum ou uma causa alheia, como esperar que lutem por mim quando só tenho um sorriso e dois braços a oferecer? Tive de apanhar muito até crescer e será que cresci? cresci o suficiente? Meu coração ainda bate, meus músculos ainda doem, meus olhos ardem e meu pulmão enche, mas isso diz que eu ainda estou vivo?
Eu penso, eu exponho e ouço. Critico, analiso, ganho e perco e, nada mais posso dizer senão: "Nada que é humano me é alheio"


E hoje, eu sou o Cavaleiro.

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