Tudo dói. Andar, comer, falar, respirar.
Meus olhos doem quando acordo, quando ando para a luz do dia e até mesmo quando os fecho, cansados.
Meu peito queima, minhas pernas ardem e minhas costas se tornam inflexíveis. Tudo é um tipo de dor. Minha mente dói.

Meu nariz registra cheiros que me lembram de sensações e eu logo abstraio o concreto. Há dor nisso: a dor está em paradoxar, e o corpo não entende o toque e por isso ele dói. Ele transforma um possível carinho, numa sensação de dor num nível tolerável.
Pensar na dor, estranhamente, não dói. Lembrar dela sim, mas pensar nela não. Me dá um vazio. Eu sinto dor quando as lágrimas ardem meus olhos, ou então quando as sinapses me eletrocutam o cérebro. Pensar muito me fortalece enquanto me deixa fraco.

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