Parece que nunca há o amanhã. Sempre alcanço as madrugadas, mas nunca chega o sono.
É como se todo dia a aurora da vida se apresentasse, eu pudesse ainda contemplar o meio dia, mas nunca o crepúsculo...
As ideias gritam, as vezes tenho lapsos e acordo fazendo qualquer coisa, e nem sequer lembro como cheguei ali. É uma fuga de qual realidade?
A fragilidade de uma alma consiste em que? Na relação social que aquele ser estabelece, se moldando pelos exemplos da infância e assumindo os postos daquilo que ele vê, na esperança de se integrar e ser notado, ou de se integrar e sumir de vez?
E quem nunca se encaixa? E quem faz de tudo, para nunca parece inútil? E é tachado de qualquer coisa?
Eu ouço as corujas e me pergunto o que elas pensam sobre amanhã.., Eu vejo minha cachorra e me pergunto se ela fica feliz em me ver, ou se está feliz por não ter que ficar sozinha. Até me pergunto o que ela sonha quando a vejo tremendo a noite.
Meu colchão é de uma cama de concreto, meus olhos são lentes de vidro, meus dedos são pequenos para o tanto que quero dizer.

As vozes são infinitas.

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